terça-feira, 21 de abril de 2009

palavras em silêncio

Bate à porta o silêncio curioso
Esperando que a palavra abra e sorria.
Sorria para o silêncio vergonhoso
Vergonhoso por não saber o que queria

- Entre, sente-se. À Vontade, [sinta-se].

E o silêncio cada vez mais tímido
Por ver espalhado pela sala
As palavras que desejava saber
As palavras que nunca falara

- Aceita um café ? Chá? Chocolate?

Nada. Nem água. O silêncio é tímido mesmo.
E a palavra é inteligente, mas nem tudo pode saber.
Como não sabe o que o silêncio sente e
Como nunca há de entender.

As palavras então dizem que compreendem
Toda timidez que o silêncio deve sentir
Enquanto isso o silêncio só quer
Que as palavras não o deixem ali.

- Até mais, Silêncio! Mas perca um pouco dessa timidez.
As palavras estão em primeiro lugar, mas a segunda é a sua vez.

Os dois então se despedem sem medo
De tirarem a mesma conclusão.
Palavras não existem sem silêncio
E Silêncio sem palavras também não.

Priscila Costa

3 comentários:

Lys disse...

Também, nunca assisti. Adorei essa sua metáfora, digamos assim. Explicando uma coisa vital em nossas vidas, a palavra e o seu não tão fiel companheiro, o silêncio.

Shirangano disse...

Poesia nas veias eh o que acabo de sentir neste cantinho que pretendo visitar frequentemente.
Um abraço!

Thalyta França disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKK cara é sim pode crer.mas tivemos outras vantagens certo? se é que vc me entende. hãm hãm rs