Esperando que a palavra abra e sorria.
Sorria para o silêncio vergonhoso
Vergonhoso por não saber o que queria
- Entre, sente-se. À Vontade, [sinta-se].
E o silêncio cada vez mais tímido
Por ver espalhado pela sala
As palavras que desejava saber
As palavras que nunca falara
- Aceita um café ? Chá? Chocolate?
Nada. Nem água. O silêncio é tímido mesmo.
E a palavra é inteligente, mas nem tudo pode saber.
Como não sabe o que o silêncio sente e
Como nunca há de entender.
As palavras então dizem que compreendem
Toda timidez que o silêncio deve sentir
Enquanto isso o silêncio só quer
Que as palavras não o deixem ali.
- Até mais, Silêncio! Mas perca um pouco dessa timidez.
As palavras estão em primeiro lugar, mas a segunda é a sua vez.
Os dois então se despedem sem medo
De tirarem a mesma conclusão.
Palavras não existem sem silêncio
E Silêncio sem palavras também não.
Priscila Costa
3 comentários:
Também, nunca assisti. Adorei essa sua metáfora, digamos assim. Explicando uma coisa vital em nossas vidas, a palavra e o seu não tão fiel companheiro, o silêncio.
Poesia nas veias eh o que acabo de sentir neste cantinho que pretendo visitar frequentemente.
Um abraço!
KKKKKKKKKKKKKKKKK cara é sim pode crer.mas tivemos outras vantagens certo? se é que vc me entende. hãm hãm rs
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