quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tudo Posso

A diferença básica entre dever e poder, é que dever é um saco.
Mas já que vivemos na sociedade da culpa,
Não devo, e pronto.
Mas eu posso...

terça-feira, 21 de julho de 2009

[Não] Deixe tudo assim.

"Vou levando assim
Que o acaso é amigo do meu coração
Quando falo comigo, quando eu sei ouvir."


sábado, 18 de julho de 2009

Sobre Borboletas Brancas


A criatura, linda e branca, tanto tanto que se exposta ao sol é capaz de ofuscar qualquer coisa ao seu redor. Borboletas são resplandecentes, tanto quanto o brilho do sol.
E foi justamente a sua beleza estonteante que me despertou a vontade de fotografar uma borboleta completamente branca e linda.
Mas a borboleta me enganou.
Tentei delicadamente segurar a borboleta, prendê-la sem ferir, só duraria alguns minutos, até que eu tirasse a fotografia. Quando olhei a palma da minha mão, depois de tal tentativa, a borboleta estava imóvel. Tinha morrido.
Assim pensei eu. Já me sentia culpada por sua morte quando a mesma em poucos segundos, enquanto eu lamentava, alçou vôo.
Fui enganada por uma borboleta.

Agora saibam todos: Borboletas fingem estar mortas.

sábado, 11 de julho de 2009











"o que for dito na treva será ouvido na luz?"

(alberto lins caldas)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

BR 364


A diferença é que as luzes dos postes no meu desenho funcionam.

As luzes da BR364, mesmo em trecho urbano não estão essas coisas não. Os motoristas que voltam da Universidade Federal de Rondiônia, a partir das 19:00h, tem de adivinhar o sentido da pista. Os motoristas são obrigados a usar com frequencia a luz alta, que todos sabemos não ser aconselhável, principalmente numa BR. Até os motoristas de ônibus tem praticado isso. E é claao, no intervalo que se dá entre acender a luz alta, ver o caminho a seguir, tirar a ,luz alta, o morista já freou diversas vezes, e os alunos do Campus UNIR, além de não enxergarem nada, numi ônibus lotado no meio do breu, tem que assistir a belíssima e enganadora propaganda sobre a frota de ônibus em Porto Velho.
Ainda mais, outro trecho impossível é o caminho para o Bairro Ullysses Guimarães pela BR364. A mesma escuridão, e as mesmas práticas de luz alta sendo usadas...


Porto Velho é assim...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O TEATRO DO REAL

Todos os ofuscamentos jurídicos, todo o tempo, todo o presente e imediato, toda noção de religião e to da crença, todo papo e toda escrita, todo olhar e todo tato, olfato, que são por si só criações, são elementos de uma peça que é a vida, a vida construída, ilusória e alienadora além de manipuladora, criação da máquina tribal. Está camuflada sobre todos os tapetes e peças de estofado. Você passa, senta, pisa, admira, mas não enxerga o teatro. É a criação mais bem feita da máquina tribal invisível, é sistema de manipulação e coerção quase tão imperceptível, que se esconde nas religiões, nos horários, no emprego, nos impostos. É a dominação do caos, amarrado e moldado, como barro.

Como personagem importante desse teatro está a imaginação, que é responsável pela manutenção de tudo que existe no lugar que existe, no espaço de tempo presente, pois antes do imediato e após o imediato temos o caos. O trabalho da máquina tribal ocorre em muitas dimensões, mas principalmente no imediato, que é o que o homem não faz ao viver de memórias ou de vidas pós-morte ao acreditar em deuses, sonhos, carros e casa própria, é viver pensando no que passou ou no que deverá ter um dia e não assimilar as questões imediatas, não viver o imediato, não só imaginar o real, mas criá-lo!

É necessário compreender que o real não é exterior e não é interior, ele é interiorização externalizada, para criar a história, a vida. Porém, nesse teatro os homens escreveriam sua história, criariam sua história sabendo que são personagens e não viveriam escondido atrás de máscaras de má-fé, iludidos como falsos libertos em busca da revolução das massas que nunca nada modificará, já que ainda não aprenderam a criar no imediato a sua própria peça.

Criamos o tempo todo nossa existência, nosso lócus, toda a nossa exteriorização, porém, é um real que absorvemos, aprendemos, não um real escrito com nossos punhos apesar de criá-los. Como em toda peça, temos um roteiro, uma cortina, um cenário. E esse cenário, essa cortina, tudo faz parte do roteiro que pensamos ter escrito, mas que na verdade nos foi dado. Agimos então, como personagens únicos, mas não percebemos no entanto que todos os nossos pensamentos e desejos são coletivos, que toda a história tem um mesmo fim, a não ser alguns muitos ou alguns poucos, que entre uma peça e outra cometem um erro na fala, ou perdem o script, ou muitas vezes morrem por culpa de um deus antes que a peça acabe. Talvez esse não seja tão feliz, porque a platéia que é a máquina tribal, a platéia escondida, sempre ri da atuação dos trabalhadores em cima de um palco invisível, com platéia invisível.

A linguagem do teatro pode se expressar e ser inventada por diversas maneiras, pois ela também é suporte para que se tenha noção de realidade.

Apesar de tudo isso, personagens e realidades estão diretamente relacionados, pois sem um o outro não existiria.E é justamente por isso que o real é o próprio teatro! Pois se não é o teatro que acontece não saberíamos o que ia acontecer, portanto a vida teatralizada e a vida real são 'a mesma'. Um a original, outra a cópia, sendo a trilha sonora talvez a diferença entre ambas. Pois a compreensão de cada personagem na realidade ou no teatro é a mesma.