sábado, 18 de setembro de 2010

LUZ DOS OLHOS


Nando Reis

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora?

Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros para poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha?

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!

Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando

Te telefonar

Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora?.

E eu vou guiando
Eu te espero, vem?
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Que eu grito também!
Hei! Hei!?

*(E eu gosto dela
E ela gosta de mim
Eu penso nela
Será que isso não vai ter fim?)

domingo, 12 de setembro de 2010

eu: o teatro e o cinema!

(...)
- Não era capaz de procunciar uma palavra por conta própria
- Eu posso falar por conta própria
- que palavra~?

- BÁ!


improvisar não é fácil como pensei.



- Você viu o Filme A? -
- Não...
-Tudo bem, mas viu o filme B?
- Não...
- Ok, ok, mas então, o filme C...
- Também não vi.


estou indo muito ao cinema ou meus amigos é que há muito não passam por lá?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um sobre dois

Não adianta procurar problemas nos outros.
Tudo é meu e está em mim.
O mundo só existe se eu eu existir.

Eu não preciso de ninguém,
porque me descobri
Descobri minha totalidade.

Meus sentimentos, vazios
Distúrbios, desequilíbrios
Amores e ilusões

E poderia viver assim
Se nessa investigação toda
De tudo ser meu e pra mim

Eu não tivesse descoberto,
bem lá no fundo:

Gosto de dividir.

Ex, Com, Re, Plicando

É alguma coisa que me faz acreditar em mim. Talvez seu olhar faça com que eu acredite em mim. Se não for o olhar, talvez o o meu sorriro, depois de uma piada com as minhas orelhas, que você fez. Ou mesmo quando me toca de leve enquanto estou sonolenta ou espera, com as mãos no telefone, uma ligação minha.

Se não for nada disso, ainda me resta pensar que o que me move, é saber, ou preferir acreditar que é verdade e que eu sei, que você alguma hora do dia vai parar e pensar em mim. Ou lembrar. Porque é alguma coisa que te move. Talvez meu olhar, ou o jeito como você sorri,depois de uma piada sobre sua calvície, que eu fiz.

Eu não sei se é o perfume, ou se é o tênis colorido. Não sei também se é a música que você não gosta, mas que eu insisto em dar play. Ou se é o jeito com o qual você implica com meu vestido florido, porque o decote é demais. E eu? Que detesto essa sua unha mal cortada?! Mas beijo, mesmo assim, porque é alguma coisa. Só pode ser alguma coisa!

Algo que me tira do sério e do mundo, do alheio. Que me faz transbordar de sentimentos, turbilhões. Transbordar em mim. Me vejo, mesmo que ainda através de um vidro embaçado.

Alguma coisa que faz com que eu me sinta bem, que está ao meu redor. Que por vezes eu esqueço, outrora me desespero por pensar tanto!

Esqueço, quando me reinvento, refaço.
Mas lembro, quando invento ou faço, essa tal coisa alguma que me faz sentir assim.

E a explicação é simples:

Qual é a minha referência de vida, de sentido?
Que sou para continuar sendo?
O que busco?
De quem são as unhas mal cortadas que beijo?
São as mesmas divagações.
Sobre alguma coisa...
que eu realmente não sei o que é!