Certa noite sonhei com centenas de túmulos. Todos eram meus, de alguma parte de mim. Uma parte não física, eram partes de legiões e de seres que me habitam. Cada ser ia visitar seu túmulo, cavava, cutucava e algo tentava recuperar. Todos usavam fantasias. Havia uma parte Kill Bill, outra urso panda. Algumas partes se engalfinhavam, outras se auxiliavam e de repente, num cemitério cheio de grades, havia terra pra todo lado. Partes fantasiadas a perder de vista. E lembrei do sonho anterior, em que eu cuidava de um tigre como se fosse um gato. Acariciava, dava comida na boca, andava pela casa. E lembrei também que o Tigre guardava minha casa, cercada de grade.
Onde estava o tigre, que não protegeu minha casa dessas partes fantasiadas que tudo foram bagunçar? Mexendo em túmulos e espalhando terras pra todo lado, sabendo que delas nada se podia salvar!?
Acho que o Tigre não adormece, mas às vezes sai pra passear...
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Havia um tigre.
quarta-feira, 27 de março de 2013
Sol e Verão. Noite e Constelação.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Ainda bem
E quando de repente penso que fica
Vem o mar e lhe tira
Ainda bem
Que mesmo mar te traz
E quando de repente penso que fica
Vem todo azul e lhe tira
Ainda bem
Que o mesmo azul te traz
E quando de repente penso que vais
Abro bem os olhos
Cruzo bem os dedos. Tranco bem os dentes, quase por não aceitar.
Ainda bem
Que todo IR é pouco
Quando se quer SER e ESTAR.
sábado, 12 de janeiro de 2013
Encontrar
Há tardes em que me vejo mergulhada na alma de um viajante.
Passo por mil lugares, observo muitos olhares. Em alguns me encontro, noutros não.
São muitos os tons de amarelo, vermelhos, laranjas e azuis. Alguns refletem meus sentidos, outros nem tanto.
São odores, texturas, sabores. Alguns gravados, registrados e memoráveis. Outros só de vez em quando.
Porém, entre tantas indas e vindas, de qualquer lugar não sei pra onde, vejo as flores florindo, a chuva chovendo e o vento ventando...
Vento que leva de qualquer lugar, para um lugar de encontro.