sábado, 25 de abril de 2009

adeus.

De que vale a poesia se a inspiração se foi?
Por mais que valha a lembrança
E por mais sincera que seja
De nada vale a poesia, se a inspiração se for.

Inspirações não são sempre boas
Engana-se quem assim pensa
Bom é o que ela gera, cria, mitifica
Transforma, sugere, recria, sustenta.

Inpirações são falas e gestos e abraços.
Ou são a falta destes.
Eu não sei inspirar sozinha. Por medo, talvez
E pelo mesmo desconhecido motivo me faltam as mãos, os esmeros. A suposta delicadeza necessária de ser ter com quem [se] inspira.

Talvez inspirações não mereçam tanto privilégio
Talvez o amor inspire, na ordem inversa.
Mas de nada vale a poesia
Daquele que não tem por quem se inspirar.



5 comentários:

Thalyta França disse...

foi eu amore. hehe fui eu,nasceu de mim sim. brigada :*********

A. Bedê disse...

nossa, eu consigo me inspirar apenas das minhas dores, magoas... são inspirações ruim é?! adoreei o post! ;*

Unknown disse...

Tudo na vida gera inspiração ao criativo. A dor, a alegria, a vida, a morte, a sanidade, a loucura, a união, o abandono.. uma pessoa, um inseto. Tudo! O mundo inspira porque ele existe e isso basta.

Anônimo disse...

Realmente inspiração é tudo!
Muita dor é causada pela falta de inspiração.
Mas como é bom ter algo em que se inspirar não?

O Amor disse...

Priscila, boa tarde.

Gostei muito do poema; e do blog em geral. Não me parece que a inspiração se foi. Pareceu-me que sua poesia, modernamente lírica, é inspiradora e encontre fonte em si mesma, quando a motivação externa parecer pouca.

Grande abraço, Poetisa!