terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pau que nasce torto...


E o pau nasceu pra ser Ipê.

Há anos o tronco deste Ipê fora utilizado como poste de energia, contudo, suas raízes fincaram mais do que os ferros em seu tronco, e ele voltou a florir, obrigando os responsáveis pela sua "instalação", como poste, a preservá-lo. Um poste de concreto foi colocado ao lado, e o Ipê ficou livre de fiações.
Em Porto Velho, localizado na confluência da Av. Jatuarana com a Rua Cravo da Índia, no bairro Cohab Floresta, o Ipê floresce sempre no mês de julho e/ou agosto.

Exuberante!




Fotos: Priscila Costa


Ainda lhe restam os resquícios de sua vida de poste:
Clique nas imagens para ampliá-las

6 comentários:

Unknown disse...

Já tinha ouvido falar desse Ipê. Mas não sabia onde ele era. Enfim.. a história do Ipê é uma metáfora e tanto!

c braz disse...

Parece que o blog http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/ aumentou um ponto ao seu conto. Diz ali que o ipê foi derrubado, despedaçado, prensado e transformado em poste, qual Cristo... E, ainda assim, além de luz, deu flores.

Guido Cavalcante disse...

Esta árvore ainda corre perigo, pois na localização em que se encontra, com edificações tão perto, não vou me surpreender se decidirem em algum momento que pode ser um risco para os moradores e ai decidem derrubar o ipê. Acho que vc poderia fazer um blog só do ipê e todos os dias postar uma foto, variando os enquadramentos - será possível então acompanhar o que acontece e promover alguma proteção para a árvore.

~*Rebeca*~ disse...

Adorei!

Unknown disse...

Gostei muito Priscila.
E você é poeta. Tua frase "Sua vida de poste" diz isso, ou "o pau nasceu pra ser Ipê".
Você é jovem. Vida de poeta não é fácil. Tem que ler muito, dominar completamente a linguagem pra poder brincar.
Ser poeta não é escrever rimas ou métrica, é, sim, falar da vida de um ipê florido que até já foi poste. Lindo.
Jorge Guedes

Anônimo disse...

Gostei do seu texto. Sabe, teve uma vez que minha família passou parte das férias em Paquetá, no Rio (hoje em dia, a ilha nada tem a ver com a descrição de Machado de Assis, acredite). Nessa ilha, eles não usavam as árvores como poste, mas elas ficavam simplesmente no meio da rua! Como se tivessem vida própria. É legal ver como em alguns lugares as pessoas conseguem fazer a natureza e a cidade viverem em paz.

Abraço pra vc, menina.