"vem cá, não tenha medo. O mundo é portátil pra quem não tem nada a esconder."
E eu carrego meu mundo nas costas, tão leve e tão utópico.
Queria ir até São Saruê, mas não dá e fico com meu mundo nas costas.
As costas que suam, ardem, e ficam limpas com sabonete barato.
É isso que é o mundo que carrego nas costas.
Não são pesadas dores, e nem pesadas lamentações, são dores pequenas de amores
e saudades, e canções.
No mundo que carrego nas costas, a consciência de nada vale, logo, a culpa não existe.
E sentir saudade não dói.
No mundo que carrego nas costas ninguém nada ambiociona, e por nada ambiocionar sempre se está satisfeito e feliz.
Que bom seria.
Pra falar a verdade a saudade sói, tá, eu admito. Mas mesmo que ela exista, no mundo que carrego nas costas, ela vem e passa. Pois se você deseja ver, vê. se deseja ir, vai.
é simples, na realidade é tudo bem simples.
No mundo que carrego nas costas, crer no baixo grau de complexidade da vida é a solução para todos os problemas.
É claro que a Física é a excessão dessa regra.
Se é simples pra quê chorar ? Pra quê sofrer ? Pra quê se preocupar ?
Se é simples se faz, se é complexo se pensa em fazer.
E pensar cansa!
Carrego nas costas também as pessoas. Mas são as pessoas que quero carregar. Não existe esporte radical que faça alguém sep endurar no mundo das minhas costas.
Sei que sempre levarei nas costas todo o meu mundo simples e cheio de doces vidas e lembranças enquanto ele for leve.
O mundo que carrego está repleto de saudade, e talvez eu o abandone, pois a saudade está começando a pesar.
Ei, pera aí!
Meu mundo não pode ser portátil!
[ e aqui o destruo por razões óbvias]
não pensou que eu ia falar dos celulares, pensou?
.
meu.beijos.são.sempre.vermelhos
Um comentário:
E como sei...
não destrua seu mundo. ele é muito importante.
e a propósito: onde fica São Saruê?
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