Um dia desses, alguém muito querido ficou doente e me dispus a cuidar, olhar, verificar a febre durante a noite, abraçar e fazer o que eu podia. Subitamente, pensei em quantas vezes meu pai fizera isso enquanto tive pneumonia ou mesmo um resfriado qualquer, e faz até hoje, se precisar. Quantas foram noites em claro, a preocupação e aquele sentimento de vulnerabilidade, de querer fazer, mas não poder, mas mesmo assim estar ali, tentando? Agradeci, ali, por ter os pais que tenho.
Um dia desses, enquanto andava, repousei minha mão sobre a coxa e a senti tremer a cada passo. Pensei "Tenho pernas, tenho um corpo perfeito", e achei até bobagem, no primeiro segundo ter pensado isso, mas quantas pessoas gostariam de um corpo, uma perna pra sentir tremer? E aí parei, e senti que respirava. Tropecei, e já pensou...como seria a vida se eu não tivesse pés? Sujos, calejados, num andar desajeitado, mas sem eles, nem imagino como seria! Mas deve ser difícil. Olhei ao redor, grama verde, árvores. Meus olhos, que com um grauzinho pouco ali, outro aqui, ainda enxergam perfeitamente...vamos ver ou deixar de ver com a idade, mas são os meus olhos, abertos, através deles é que posso verificar o caminho que meus pés devem seguir. Agradeci, por poder respirar, caminhar, enxergar. Agradeci pelo meu corpo. Um corpo, que como já me disseram, é responsável por 90% da nossa vida. Um corpo que se movimenta perfeitamente, graças a Deus. Agradeci por isso.
E fui pensando, ainda, na física, na lâmpada, na luz, no avião, na mulher da limpeza, na fabricação do meu pregador de cabelo, nos amigos distantes, que também vivem, respiram, andam, enxergam... Em tudo que há, ou pelo menos em tudo que posso usufruir. E não há nada a reclamar.
Eu só queria saber, quanto, e como, alguém precisa viver pra perceber os movimentos do corpo, a grama verdinha, as pessoas, as outras vidas?
Quantos o fazem?
E quantos reclamam e querem morrer ou matar por não poderem ir a um carnaval... (?)
Um dia desses, enquanto andava, repousei minha mão sobre a coxa e a senti tremer a cada passo. Pensei "Tenho pernas, tenho um corpo perfeito", e achei até bobagem, no primeiro segundo ter pensado isso, mas quantas pessoas gostariam de um corpo, uma perna pra sentir tremer? E aí parei, e senti que respirava. Tropecei, e já pensou...como seria a vida se eu não tivesse pés? Sujos, calejados, num andar desajeitado, mas sem eles, nem imagino como seria! Mas deve ser difícil. Olhei ao redor, grama verde, árvores. Meus olhos, que com um grauzinho pouco ali, outro aqui, ainda enxergam perfeitamente...vamos ver ou deixar de ver com a idade, mas são os meus olhos, abertos, através deles é que posso verificar o caminho que meus pés devem seguir. Agradeci, por poder respirar, caminhar, enxergar. Agradeci pelo meu corpo. Um corpo, que como já me disseram, é responsável por 90% da nossa vida. Um corpo que se movimenta perfeitamente, graças a Deus. Agradeci por isso.
E fui pensando, ainda, na física, na lâmpada, na luz, no avião, na mulher da limpeza, na fabricação do meu pregador de cabelo, nos amigos distantes, que também vivem, respiram, andam, enxergam... Em tudo que há, ou pelo menos em tudo que posso usufruir. E não há nada a reclamar.
Eu só queria saber, quanto, e como, alguém precisa viver pra perceber os movimentos do corpo, a grama verdinha, as pessoas, as outras vidas?
Quantos o fazem?
E quantos reclamam e querem morrer ou matar por não poderem ir a um carnaval... (?)
2 comentários:
Entre todos, acredito que só 1% da população o fazem de maneira eficiente. Porém, não depende do tempo de vida, mas da intensidade e da atenção durante o periodo que é vivida. As vezes um minuto da vida de uma pessoa pode ter mais valor do que 80 anos da de outro...Vamos então aproveitar enquanto podemos, reclamar menos e agradecer mais o que já temos, enquanto vivos temos a possibilidade de tudo, ou quase tudo...só depende do nosso querer.
Bela observação! Gostei de suas palavras.
São pequenos detalhes todos os nossos, dos quais não nos damos conta que nos fazem perfeitos.
Mas nós, todos, somos assim mesmo. Clichê ou não é a verdade: só nos damos conta quando perdemos.
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