quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tempo, meu.

Como Drummond, prefiro ir de mãos dadas
Num tempo sem fim, sem tic tac. Aproveitar o presente do presente.
Não pularei degraus, não pararei na janela pra exacerbar meu perfume.
Esperarei do tempo o que ele quiser me dar, e do presente, nada espero.
Se espero, deixa de ser presente e passa a ser futuro. E do futuro, nada espero.
Gosto de presentes. É esse meu tempo.
E gosto de dividir o tempo, de mãos dadas.
É de mãos dadas no presente que fito e sinto tudo ao redor.
Sentimentos futuros não existem, nem se esperam.
Apesar de ser a esperança, também já dito por Drummond, uma das melhores invenções,
Eu prefiro não esperar. Se esperar o presente passa, vira futuro, e aí não chega.
Agarro as mãos do presente. No presente.
Fito, sinto, enamoro.
Sorrio, deito e rolo.
Porque meu tempo
É esse.

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