É alguma coisa que me faz acreditar em mim. Talvez seu olhar faça com que eu acredite em mim. Se não for o olhar, talvez o o meu sorriro, depois de uma piada com as minhas orelhas, que você fez. Ou mesmo quando me toca de leve enquanto estou sonolenta ou espera, com as mãos no telefone, uma ligação minha.
Se não for nada disso, ainda me resta pensar que o que me move, é saber, ou preferir acreditar que é verdade e que eu sei, que você alguma hora do dia vai parar e pensar em mim. Ou lembrar. Porque é alguma coisa que te move. Talvez meu olhar, ou o jeito como você sorri,depois de uma piada sobre sua calvície, que eu fiz.
Eu não sei se é o perfume, ou se é o tênis colorido. Não sei também se é a música que você não gosta, mas que eu insisto em dar play. Ou se é o jeito com o qual você implica com meu vestido florido, porque o decote é demais. E eu? Que detesto essa sua unha mal cortada?! Mas beijo, mesmo assim, porque é alguma coisa. Só pode ser alguma coisa!
Algo que me tira do sério e do mundo, do alheio. Que me faz transbordar de sentimentos, turbilhões. Transbordar em mim. Me vejo, mesmo que ainda através de um vidro embaçado.
Alguma coisa que faz com que eu me sinta bem, que está ao meu redor. Que por vezes eu esqueço, outrora me desespero por pensar tanto!
Esqueço, quando me reinvento, refaço.
Mas lembro, quando invento ou faço, essa tal coisa alguma que me faz sentir assim.
E a explicação é simples:
Qual é a minha referência de vida, de sentido?
Que sou para continuar sendo?
O que busco?
De quem são as unhas mal cortadas que beijo?
São as mesmas divagações.
Sobre alguma coisa...
que eu realmente não sei o que é!
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